O estudo "Decisão Rio" da Firjan revelou que o Rio de Janeiro é o maior concentrador de investimentos do mundo. A previsão é receber, de 2011 a 2013, cerca de R$ 181,4 bilhões. Comparando a dimensão territorial do estado – 43, 7 mil km2 –, o volume de investimentos é de mais de R$ 4 milhões por quilômetro quadrado.
Segundo a Firjan, o estudo analisou investimentos públicos e privados entre 2011 e 2013. Na comparação com o último relatório, de 2010 a 2012, houve um aumento de 45,2% nos investimentos em indústria da transformação, com destaque para o crescimento da indústria naval, que foi de 254%. O investimento nesse setor chega a R$ 29,5 bilhões.
Os investimentos em infraestrutura alcançam R$36,3 bilhões, o que corresponde a 20% do total a ser investido no período. Quase metade desse valor será destinada a investimentos em energia, que inclui projetos como a construção da terceira usina nuclear brasileira e uma usina termelétrica a carvão, no Complexo Industrial do Porto do Açu.
O setor de Petróleo e Gás receberá cerca de R$107, 9 bilhões em investimentos. Segundo a especialista em Competitividade Industrial e Investimentos do Sistema Firjan, Julia Nicolau Butter, o Rio é o estado das oportunidades.
"Além dos investimentos já anunciados, existem excelentes oportunidades futuras. A exploração de petróleo nos campos do pré-sal vai reforçar a vocação do estado na exploração e refino de petróleo e atrair cada vez mais fornecedores de produtos e serviços voltados ao setor. Com isso, o Brasil poderá alcançar o status de um dos maiores produtores mundiais de petróleo e gás", disse a especialista.
Os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo serão os responsáveis por cerca de R$11,5 milhões, sendo R$ 5,1 bilhões para a infraestrutura de transporte. Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, o conjunto de políticas públicas adotadas pelo Governo garante o crescimento da economia.
"O Rio de Janeiro vive um momento muito especial em sua história. Nossa retomada socioeconômica está em andamento, com um ciclo de políticas públicas e novos investimentos que garantem a sustentabilidade desse momento. Hoje, os incentivos fiscais concedidos pelo governo ajudam na atração de empresas para todo o estado, distribuindo o desenvolvimento econômico e gerando emprego e renda", afirmou o secretário.
Interiorização dos investimentos
O estudo Decisão Rio também apontou para a crescente interiorização dos investimentos. Há cinco anos, a capital do estado respondia por 20,4% do total de investimentos previstos. Atualmente, mesmo com os grandes investimentos em virtude dos Jogos Olímpicos, a participação da cidade do Rio é de 11,7%.
O Norte Fluminense vai receber 7,7% desse investimento que será destinado à infraestrutura logística, siderurgia, energia e indústria naval, como exemplifica o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno.
"Apenas para citar alguns exemplos, o Norte fluminense está recendo os investimentos do Super Porto do Açu, do EBX, que abre caminho para outros grandes empreendimentos, como o estaleiro do mesmo grupo e a siderúrgica de 5 milhões de tonelada da Ternium. Na Baixada Fluminense, Queimados desponta, com destaque para a recém-lançada fábrica de refratários da austríaca RHI. Em Três Rio, no Centro Sul, o condomínio industrial lotou. A cidade recebeu, entre outras empresas, a Nestlé e a Latapack-Ball", disse o secretário.
O Sul Fluminense receberá 6,3% dos investimentos, com destaque para energia e indústria naval. A Região Serrana terá 0,7% dos investimentos, enquanto que as regiões Noroeste e Centro-Norte receberão 0,3% cada uma.
- Com agências de notícias
