terça-feira, 13 de setembro de 2011

DEM É O ÚNICO ENTRAVE À LIBERAÇÃO DA COMISSÃO DA VERDADE NO CONGRESSO

ACM neto tenta barrar 
a Comissão da Verdade

A base aliada precisará reforçar, ao longo desta semana, a coesão dos parlamentares que pretendem aprovar o projeto de lei que cria a Comissão Nacional da Verdade. O ex-deputado José Genoino, assessor do ministro da Defesa Celso Amorim, reunirá nesta capital a cúpula do DEM, último foco de resistência à proposta no Congresso.
No mesmo dia, desembarcam em Brasília os ex-titulares da pasta de Direitos Humanos, a convite do governo, para um encontro com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e outros líderes parlamentares. Eles irão manifestar apoio irrestrito ao projeto. Entre os convidados que vão participar do esforço estão José Gregori e Paulo Sérgio Pinheiro, ex-integrantes do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Nilmário Miranda e Paulo Vannuchi, que atuaram na gestão petista de Luiz Inácio Lula da Silva, também estarão presentes à reunião.
O governo ainda não desistiu da ideia de aprovar o projeto de lei neste mês, por meio de um acordo de lideranças e em regime de urgência urgentíssima. Na sexta-feira pela manhã, a presidente Dilma Rousseff chegou a se reunir com os ministros Amorim, José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos), para discutir estratégias com esse objetivo. Segundo Genoino, os líderes dos 16 partidos da base governista estão de acordo. O PSDB, o PPS e o PV também manifestaram apoio. Faltaria apenas convencer o DEM.
Um dos participantes da reunião desta terça-feira será o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). Ele diz que seu partido não se opõe à instalação da comissão, mas se preocupa quanto à escolha de seus sete integrantes.
– Tem de ser um grupo de personalidades isentas, sem coloração política. Não queremos que a comissão seja usada ou sirva de palanque para qualquer grupo, seja de direita ou de esquerda, pontuou.
Nos bastidores, afirma-se que o DEM já teria o nome de uma ou duas pessoas que gostaria de ver na comissão, cujos integrantes serão indicados pela presidente Dilma Rousseff, de acordo com o texto do projeto. ACM Neto nega:
– O que nós estamos propondo ao governo é que altere o projeto e permita ao Congresso indicar dois nomes. Um sairia da Câmara e outro, do Senado.
Para Genoino, é impossível fazer qualquer alteração agora.
– O texto do projeto é o fio da navalha de um acordo longamente negociado. Qualquer emenda iria complicar muito – concluiu.

- Com agencias de noticias

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