sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ESTUDO APONTA A POUCA PARTICIPAÇÃO DE FILIADOS NA ESCOLHA DE CANDIDATOS

O estudo sobre “partidos e inclusividade na seleção de candidatos no Brasil”, apresentado na terça-feira, 6 de setembro, pela professora Maria do Socorro Braga, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), traça um retrato da participação dos filiados nas decisões internas dos partidos políticos. Ou melhor, a pouca participação. O estudo revelou que a participação foi relativamente baixa dos filiados na escolha dos candidatos a deputado federal em 2010 em todo o país, tanto pelo voto direto quanto pela indicação.
Neste quesito, o PMDB somou 28,6%, seguido pelo PSDB, 21,4%, PT , 17,2% e DEM, 10,7%. Segundo Maria do Socorro, porém, os filiados do PMDB e do PSDB votam em nominatas completas, semelhantes a uma “lista fechada”. As demais formas de definição dos nomes para concorrer em 2010 foram o voto de líderes e comissões executivas e as indicações de instituições ou associações ligadas aos partidos.
Segundo ainda a professora, embora a pesquisa tenha sido realizada apenas com candidatos à Câmara dos Deputados, a escolha dos candidatos a cargos executivos passa por um processo “ainda mais fechado”. Neste caso, disse, as opções se resumem às principais lideranças que controlam os partidos e são influenciadas ainda por estratégias de alianças, de busca de tempo de televisão e recursos para a campanha.
Classificado como de “esquerda” pelos pesquisadores, o PT também apresentou, no estudo, o melhor desempenho em relação à fidelidade dos seus candidatos, pois apenas 10% deles já haviam concorrido por outras siglas. No DEM, considerado como de “direita”, o índice alcançou 43,3%, enquanto nos “centristas” PMDB e PSDB foi a 56,7% e 66,7%, respectivamente.

Partidos terão espaço em órgãos de comunicação do Estado do Rio


Agora é lei: o artigo da Constituição do Estado que prevê o direito de partidos políticos, organizações sindicais, profissionais, comunitárias, ambientais ou dedicadas à defesa de direitos humanos em órgãos de comunicação social do estado foi regulamentado com a sanção da lei 6.032/11, publicada no Diário Oficial do Executivo desta quinta-feira, 8 de setembro. O texto, assinado pelo ex-deputado Wilson Cabral, traz as regras para enquadramento na proposta, como a necessidade de representação na Alerj, em caso de partidos políticos. As instituições interessadas em utilizar o tempo a que terão direito deverão se cadastrar no setor de Comunicação Social do Estado do Rio de Janeiro. Para a distribuição de tempo, são criadas as possibilidades de divisão igualitária do tempo disponível e, até mesmo, de sorteio destes horários.

- Com AVS

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