Jorge Mario |
Vereadores de Teresópolis, reunidos na quinta-feira, 27 de outubro em sessão na Câmara Municipal de Teresópolis, aprovaram por unanimidade relatório da comissão processante que pede a cassação definitiva do prefeito Jorge Mario. A reunião durou uma hora.
Em agosto, os vereadores já haviam decidido afastar o prefeito do cargo por 90 dias. Os 12 vereadores da cidade voltam a se reunir na próxima terça-feira, 1º de novembro, desta vez para a fase final das investigações: cassar ou não o mandato do prefeito.
Jorge Mario, eleito pelo PT, expulso do partido e hoje sem partido, é suspeito de envolvimento num suposto esquema de corrupção e pagamento de propina que operava na prefeitura de Teresópolis. Segundo investigações, houve desvio de dinheiro público enviado à cidade pela União, para socorrer moradores e ajudar na recuperação do município depois dos estragos provocados pela chuvas de janeiro.
O prefeito Jorge Mario nega todas as acusações. Os advogados dele alegam que não tiveram direito de defesa durante os trabalhos da comissão processante. O relator da comissão processante, vereador Anderson da Conceição Silva (PRB), o major Anderson, rebateu as alegações da defesa do prefeito. Segundo ele, foi dado todo o direito de defesa ao prefeito Jorge Mario.
- “A defesa não quis se pronunciar, alegando que não teve direito de defesa. Essa é apenas uma desculpa, porque eles não têm o que falar. Eu convoquei Jorge Mario para se explicar e a defesa disse que ele não queria vir.”, afirmou major Anderson.
Voto que decidirá cassação será nominal e aberto
Três vereadores fizeram parte da comissão: além do major Anderson, participaram os vereadores Cláudio de Souza Mello (PT) e Habib Someson Tauk (PP).
- “Fomos cuidadosos e muito rigorosos.”, garantiu o relator da comissão.
Na próxima terça-feira,1º de novembro, os 12 vereadores de Teresópolis voltam a se reunir. O voto para aprovar ou não a cassação do prefeito Jorge será nominal e aberto.
Um empresário contou em depoimento ao Ministério Público Federal, que, na semana da tragédia de janeiro, uma reunião na prefeitura entre empresários e secretários municipais acertou o reajuste da propina.
Normalmente os servidores públicos pediam 10% de propina para selecionar empresas que ganhariam recursos para realizar obras no município. Na semana das enxurradas, a propina exigida subiu para 50%.
Diante das irregularidades, a Controladoria Geral da União (CGU) determinou o bloqueio da conta da Prefeitura Municipal de Teresópolis abastecida pela União.
A CGU também passou a exigir o ressarcimento de R$ 7 milhões transferidos para o município. Os tribunais de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE) também apontaram irregularidades na aplicação de recursos públicos nos sete municípios da Região Serrana atingidos pelas chuvas.
- Com o Globo
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