Oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito da Alerj no dia 12 de agosto |
A presidente da Fundação Municipal de Saúde do município de Nova Friburgo (FMS), Jamila Salim Calil Ribeiro (PPS-RJ), afirmou, na sexta-feira, 12 de agosto, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga os responsáveis pela tragédia causada pelas chuvas na Região Serrana que o Sistema Municipal de Saúde gastou, em seis meses, R$ 3,5 milhões destinados às enchentes. Esse valor é parte do total de R$ 11 milhões repassados pelos governos estadual e federal (R$ 9 milhões + R$ 2 milhões) para a PMNF. Ela garantiu que, com isso, conta ainda com pouco mais de R$ 7 milhões em caixa para novos investimentos.
Presidente da CPI, o deputado Luiz Paulo (PSDB) afirmou que a apresentação da secretária demonstrou a preocupação da prefeitura com novos gastos na saúde.
Presidente da CPI, o deputado Luiz Paulo (PSDB) afirmou que a apresentação da secretária demonstrou a preocupação da prefeitura com novos gastos na saúde.
- “As denúncias que tivemos conhecimento chegaram através dos meios de comunicação. Todas foram retransmitidas aos secretários. Eles negaram a existência de pagamento de propina e a resistência em entregar documentos ao Ministério Público Federal (MPF). Aqui, hoje, a a presidente da FMS de Nova Friburgo detalhou muito bem a sua situação e afirmou que ainda tem milhões de reais para gastar, mostrando que está tomando cuidados para usar o dinheiro com parcimônia”, comentou.
Durante a reunião, Jamila Salim Calil Ribeiro explicou que a verba estadual veio através do Fundo Estadual de Saúde, enquanto o dinheiro federal chegou obedecendo a um “teto municipal de saúde”.
Durante a reunião, Jamila Salim Calil Ribeiro explicou que a verba estadual veio através do Fundo Estadual de Saúde, enquanto o dinheiro federal chegou obedecendo a um “teto municipal de saúde”.
- “Toda a prestação de contas já foi feita junto ao Ministério Público Federal e aos tribunais de Contas da União e do Estado. Também realizamos obras e compramos medicamentos.”, explicou a secretária.
Questionada pelos parlamentares sobre irregularidades na compra de material hospitalar, Jamila Salim Calil Ribeiro salientou que tomou todas as medidas administrativas, além de suspender o pagamento e a entrega do produto dois meses antes da ação civil do MPF que pôs a transação em dúvida.
Questionada pelos parlamentares sobre irregularidades na compra de material hospitalar, Jamila Salim Calil Ribeiro salientou que tomou todas as medidas administrativas, além de suspender o pagamento e a entrega do produto dois meses antes da ação civil do MPF que pôs a transação em dúvida.
- “Alguns desses itens tinham valores superiores ao valor da licitação do ano passado e, por isso, suspendemos a entrega de qualquer material e cancelamos o pagamento. Abrimos um processo administrativo interno. Quando o MPF determinou, através da Justiça Federal, a suspensão do pagamento, isso já tinha sido feito 60 dias antes pela própria secretaria.”, explicou.
A secretária apontou ainda que a FMS possui, em caixa, R$ 48 mil referentes ao depósito do governo federal e R$ 7,592 milhões de depósitos estaduais.
A secretária apontou ainda que a FMS possui, em caixa, R$ 48 mil referentes ao depósito do governo federal e R$ 7,592 milhões de depósitos estaduais.
- “Esses valores mostram que estamos tendo muita cautela e critério para gastar. Recebemos muitos medicamentos doados e só compramos o que necessariamente foi fundamental. O único equipamento que compramos em forma de emergência foi um ultrassom para a maternidade. As licitações estão ficando para um segundo momento. Esses recursos vão nos possibilitar a ter uma frota de veículos novos e equipamentos permanentes e a melhor qualificar os funcionários”, argumentou.
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