QUEDA DE MINISTROS DO GOVERNO DILMA SEGUE 'UM CONHECIDO ROTEIRO’
Carlos Lupi e Dilma Rousseff |
A presidente Dilma Rousseff teria capital político para ser "mais radical em sua faxina política", opinou a revista Economist em reportagem publicada na quinta-feira, 24 de novembro que começa descrevendo o "conhecido roteiro" de queda de ministros no governo brasileiro: alegações de corrupção, negações, novas provas, demissão.
- "Agora, Carlos Lupi, o ministro dos Transportes, parece ser o próximo a sair", diz a revista.
Para a Economist, porém, a faxina ministerial, ainda que conte com aprovação popular, "meramente toca na superfície de um problema com raízes na forma como a política se desenvolveu no Brasil", citando a troca de cargos executivos por apoio legislativo, com o objetivo de conseguir a aprovação de projetos.
Em entrevista à publicação, Sylvio Costa, do site Congresso Em Foco, diz que o Brasil tem "uma presidente forte que não consegue fazer nada sem o apoio do Congresso. E esse apoio tem que ser comprado.".
Agenda política
"A presidente Dilma Rousseff deu poucos sinais de que está interessada em fazer mudanças radicais nesse sistema político de patronagem.", afirma a reportagem.
- "É mais possível que ela simplesmente continue a mandar embora os ministros mais pecadores quando denúncias chegarem ao seu conhecimento."
Na opinião da reportagem, porém, Dilma Rousseff poderia apostar em reformas políticas mais profundas, considerando que "muito da agenda política da presidente - como melhorar a educação e a saúde, eliminar a pobreza extrema e investir em infraestrutura - não depende da aprovação do Congresso".
- Com agencias de noticias
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