sábado, 17 de dezembro de 2011

MORRERÃO MAIS PESSOAS DEVIDO ÀS CHUVAS NO BRASIL


Após contabilizar mais de mil mortes e desaparecidos, além, claro, do imenso rastro de destruição provocado pela tragédia climática de 12 de janeiro, a população dos sete municípios da Região Serrana - Nova Friburgo, Bom Jardim, Sumidouro, Teresópolis, Petrópolis, Areal e São José do Vale do Rio Preto - está apreensiva com a chegada da estação das chuvas.
Não é para menos, até porque, a anunciada reconstrução continua capenga. Em Brasília veio esta semana uma declaração que muitos temem dizer em público, mas que não sai da cabeça de ninguém que presenciou as cenas dantescas do início de 2011.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloízio Mercadante, afirmou no Senado, na quinta-feira, 15 de dezembro, que o governo não tem como impedir mortes nesta temporada de chuvas por conta de deslizamentos em enchentes.
- “Morrerão pessoas neste verão. E nos próximos”, enfatizou Aloízio Mercadante.
Ainda na sua opinião, o país não terá um sistema capaz de “impedir vítimas” mesmo que o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais – Cemaden -, prometido para novembro, comece a funcionar 24 horas por dia, o que ainda não aconteceu.
- “O que nós estamos fazendo é diminuir o impacto dos extremos climáticos que estão se agravando.”, acrescentou.
O ministro reconheceu que o Brasil está atrasado no mapeamento de áreas sob risco de desastres naturais nos municípios.
Essa informação é crucial para que o Cemaden, o centro que o governo está montando para produzir alertas de desastre a tempo de salvar vidas, possa fazer previsões de qualidade. Não queremos criar qualquer tipo de ilusão. Não há como impedir, especialmente, deslizamentos, quando temos entre duas e seis horas para tirar uma comunidade, uma favela, um bairro inteiro. Não temos tradição, não temos estrutura, não temos mobilidade para isso.”, opinou.
Enquanto Mercadante falava no Senado, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, dizia que o sistema de Defesa Civil do país está mais preparado do que no passado para evitar mortes. Ele disse que o governo investiu neste ano R$ 132 milhões em drenagem e R$ 120 milhões em barragens e contenção de encostas, e que realizou simulados de preparação de desastres em 12 cidades. Bezerra disse, porém, que a preparação não cabe só ao governo federal.
- “É preciso envolvimento dos governos estaduais, dos municípios e também do Congresso.”.

- Com AVS

Nenhum comentário:

Postar um comentário