terça-feira, 2 de agosto de 2011

PRESIDENTE DA AJERJ DISSE QUE VAI NEGOCIAR MELHORIAS NA PROPOSTA DO GOVERNO PARA EDUCAÇÃO


Em reunião com a direção do Sepe, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Paulo Mello, afirmou aos diretores do sindicato que "vai interceder pessoalmente para melhorar a proposta de reajuste salarial de 3,5%" – este índice foi proposto em mensagem enviada àquela casa pelo governador Sergio Cabral. Antes da reunião com o Sepe, Mello recebeu das mãos do secretário de Educação Wilson Risolia e do secretário de Planejamento Sergio Rui a Mensagem nº 34/2011 e nº 35/2011 do governador, com as propostas relativas à educação para os deputados discutirem e votarem.
A Mensagem nº 34 tem os seguintes itens: antecipa a parcela 2012 do Nova Escola para os professores, incorpora na totalidade a gratificação Nova Escola para os funcionários (retroativo a julho), reajusta em 3,5% os salários dos professores (pagamento em setembro) e descongela o Plano de Carreira (Lei nº 1348) dos funcionários, passando o piso para o salário mínimo. Já a mensagem 35 cria o cargo de Professor de 30 horas, já com a adaptação às regras federais (20 tempos em sala e 10 de estudo e planejamento).
Paulo Mello disse também à direção do Sepe que provavelmente votará quinta-feira, 4 de agosto a Mensagem 35. Já a Mensagem 34, segundo o próprio presidente da Alerj, deverá ser votada na semana que vem, o que daria mais tempo para negociar propostas melhores.
A direção do Sepe, na reunião, deixou explícito o descontentamento com o reajuste de 3,5% proposto pelo governo, muito aquém do que o Executivo pode implementar. O sindicato informou, também, que na quarta-feira, dia 3 de agosto, a categoria se reunirá em assembleia para discutir estas mensagens ou qualquer avanço que possa ocorrer.
Ou seja, o Sepe informou ao presidente da Alerj que cabe ao governador acabar com a greve, concedendo um reajuste digno de fato aos profissionais de educação.
O Tribunal de Justiça do Rio suspendeu a liminar que impedia o gerenciamento estadual de descontar os dias não trabalhados dos profissionais da educação em greve. A categoria cruzou os braços no dia 7 de junho e promete não recuar enquanto Sérgio Cabral e o secretário de Educação, Wilson Risolia, não atenderem às suas reinvindicações. Apesar do Rio de Janeiro ser o segundo estado mais rico da federação, o salário base da categoria é de míseros 765 reais para professores 435 para funcionários. A categoria exige reajuste salarial de 26% e a incorporação imediata das gratificações do Programa Nova Escola.

 

Secretário Wilson Risolia anuncia novos projetos para a educação

 

 

Professores em greve no Rio de Janeiro continuam acampados na porta da Seeduc

Há quase três semanas, os trabalhadores estão acampados na entrada da Secretaria de Educação para pressionar o gerenciamento estadual a atender às reivindicações da categoria. O acampamento começou depois de uma tentativa de ocupação do prédio da Seeduc reprimida com violência pela PM. A ação revelou novamente o caráter reacionário do gerenciamento de Sérgio Cabral, que tem como marca registrada desde o início de seu mandato a repressão ferrenha aos trabalhadores em luta no Rio de Janeiro. Nossa equipe de reportagem foi ao local do acampamento e conversou com professores da educação e diretores do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, o Sepe-RJ.

 

- Com agencias de notícias

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